Psicanálise

Sigmund Freud (1856-1939)

Sigmund Freud, médico neurologista, nascido em 1856, em Freiberg, na Morávia, hoje República Tcheca. Mudou-se para Áustria em 1860. Aos 17 anos ingressou na Universidade de Viena para estudar medicina.
O pai da Psicanálise, abriu uma clinica especializada em distúrbios nervosos, onde desenvolveu o princípio da Psicanálise. Começou a sua observação clínica com os pacientes pelo método da hipnose, mas, avançou em sua metodologia da Psicanálise resumidamente assim:
O Método da Psicanálise para a compreensão e análise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente, abrangendo três áreas:
1- um método de investigação do psiquismo e seu funcionamento;
2- um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humano;
3- um método de tratamento caracterizado pela associação livre.
A mente humana não está calcada só na razão e consciência.
A Psicanálise vem para nos ensinar que os nossos conflitos internos, assim como muitas das nossas ações atuais estão registradas e fixadas no nosso inconsciente na faixa etária de zero a 7 anos. Esses registros ficam recalcadas no inconsciente e em algum momento da vida são representadas, ou simbolizadas nas nossas atitudes, lapsos de palavras, sonhos, sem que tenhamos consciência disso.
O Psicanalista fará as interpretações desses conteúdos inconscientes do cliente e apresentará de forma elaborada à consciência do cliente. Um bom exemplo, são as interpretações de sonhos.
Um dos meus TCCs apresentado, diz respeito aos sonhos, no tema: “Um Percurso de um Aprendiz em Freud: A Interpretação dos Sonhos.” (2005).
Realmente, uma investigação bastante intrigante da obra original Freudiana 700 páginas! Em 1900, Freud publica esse livro: A Interpretação dos Sonhos, muito à frente de sua época, os processos inconscientes , pré-conscientes e conscientes, envolvidos nos sonhos, incluindo sonhar, recordar e relatar o sonho.
O Analista fará a interpretação desses conteúdos e levará a consciência do cliente. Freud diz: ” Este livro contém, mesmo segundo meu julgamento atual, a mais valiosa descoberta que tive a felicidade de fazer. Um insight como esse só nos ocorre uma vez na vida.”(1931)
Os conteúdos inconscientes dos clientes são emergidos em sessão de terapia e cabe ao Psicanalista, dentro de suas técnicas, “atenção flutuante”, “saber ouvir, a “livre associação” trazer esses conteúdos em sessão da terapia. “Nada é por acaso”, quantas vezes já ouvimos falar nesse termo. Para a Psicanalise também funciona assim.
No processo da terapia a resistência e a transferência estão presentes e são naturais nas sessões, afinal estamos lidando com sujeitos de ego e de aparelho psíquico muito peculiares. Você pode ter um discurso racional e lógico e quando na verdade você pode sentir ou representar outra coisa completamente diferente.
O super ego, é uma estrutura mental, que serve para censurar de nos mesmos. Cabe ao analista mostrar ao seu cliente que não é o fim do mundo ter algum sentimento, postura ou pensamento, “fora de um padrão normal”. Cabe investigar e trabalhar o porquê e no que aquilo reflete como prejuízo para a sua vida e do meio que ele vive. Ex.: a prática do cutting (se cortar), o TOC, compulsão, mitomania, cleptomania, etc.
O ego é uma estrutura mental, cuja primícias é a razão. Ele é regido pelo princípio da realidade. Há uma necessidade de estar com a razão, de não querer ser contrariado. O lado bom é que é uma espécie de proteção para a personalidade. O lado ruim é que deixamos a nossa autenticidade de vida, uma vez que, deixamos de fazer coisas com o receio do que os outros possam pensar. Não nos reconciliamos com as pessoas, deixamos de lado os desejos mais profundos para salvaguardar um ego que fica acima da sua felicidade. Posso dar como um exemplo, os homossexuais não assumidos, pode haver a censura do super ego, mas o Ego não permite ser desvelado.
Já que citamos o super ego, o ego, o id também faz parte da nossa estrutura mental. O id é a forma mais primitiva das estruturas. Aí que mora o inconsciente. É o desejo puro, ou também podemos pensar numa cisão com a realidade no caso da psicose, psicopatia, o individuo vai agir pela pulsão primitiva sem censura alguma. Ele vai matar, roubar, estuprar, sem pensar no dano que causa a si mesmo ou a alguém.
A grande questão é que, muitas vezes, sentimos vontade de praticar alguma contravenção, mas o ego e o super ego estão ali colocando limites a nós, na medida que, para o ego, poderíamos passar por uma exposição desagradável no âmbito social, ou para o superego, a censura de si não permitiria tais contravenções.
Um outro ponto que eu vou de abordar é com relação a formação de um Psicanalista. Existe um tripé de sustentação, que o aspirante a Analista deve passar para a sua prática clínica:
1 – conteúdos teóricos;
2 – Supervisão da prática clínica; 
3 – Tratamento. O aspirante a analista é obrigado a passar por processo de análise e tratamento, antes de sair por aí clinicando.
Existem vários pós Freudianos, neo freudianos e dissidentes muito bons, inspiradores, que vem para enriquecer a Psicanálise.
A minha pretensão se encerra aqui.